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O comportamento da Geração Z tem muito a te ensinar

“Essa geração não quer nada”, “os jovens de hoje em dia são muito folgados” e “estão preocupados apenas em ‘lacrar’” são algumas das fases ditas com frequência sobre a Geração Z. Mas, a grande verdade é que, em um mundo cada vez mais tecnológico, imprevisível e volátil, o comportamento da Geração Z tem muito a ensinar às outras gerações.

Vivemos hoje em uma sociedade em rede, ou seja, tudo está interligado e é interdependente. A crise de um único país gera impactos globais imediatos, e a velocidade com que um volume assustador de informações se propaga dificulta análises críticas e o entendimento do que é verdadeiro. Sem falar da Inteligência Artificial (IA) e da automação, que mudam constantemente a forma de trabalhar, consumir e se relacionar.

Em resumo, estamos diante de um mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) e, para lidar com ele, é preciso pensar diferente. É aí que a forma de se comportar da Geração Z (nascidos de 1997 a 2012) pode ser inspiração para muitos empresários, executivos e empreendedores.

A “fama” que eles levam pode ser explicada pelo rompimento com padrões anteriores – sempre há um incômodo quando isso acontece – mas, na prática, a Geração Z tende a ser mais adaptável, crítica, consciente e inovadora. Características essenciais para navegar nas incertezas do mundo em rede.

Neste artigo da Adição Contábil você entenderá como pensa a Geração Z e por que olhar para ela pode ser o fator de diferenciação tanto para a sua vida pessoal quanto para a profissional.

  • O comportamento da Geração Z no trabalho
  • Em busca de novas habilidades
  • Flexibilidade e adaptabilidade

O comportamento da Geração Z no trabalho

Enquanto os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), a Geração X (nascida entre 1965 e 1980) e até os Milennials (nascidos entre 1981 e 1996) são conhecidos por uma forte dedicação ao trabalho, colocando o sucesso profissional antes de questões como relacionamento com a família e saúde mental, a Geração Z age de uma forma completamente diferente.

Para esses jovens, felicidade significa o equilíbrio perfeito entre estabilidade financeira, significado e bem-estar. De acordo com dados da pesquisa “2025 Gen Z e Millennial”, da Delloite Global, 89% dos GenZs precisam enxergar um propósito em seus trabalhos para se sentirem satisfeitos onde estão. Caso contrário, buscam outra alternativa.

Para eles, em vez de ganhar mais em um trabalho sufocante, é mais vantajoso assumir outras atividades paralelas, que não irão demandar muito e servirão como complemento de renda.

Temas como saúde mental e felicidade no trabalho fazem parte do vocabulário desses jovens – que representarão 74% da força de trabalho mundial até 2030.

Diante de uma realidade em que o burnout (síndrome do esgotamento profissional) passou a ser reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional, atingindo 1 a cada 5 trabalhadores brasileiros, pensar mais como os GenZ é necessário.

O equilíbrio entre trabalho, vida pessoal e cuidado com a saúde é essencial para manter profissionais produtivos e relevantes em um mercado que exige cada mais flexibilidade, inovação e criatividade.

Foto: Como pensa a Geração Z. Fonte: Deloitte

Em busca de novas habilidades

Mas engana-se quem diz que a Geração Z é preguiçosa. A verdade é que ela compreendeu a nova realidade mundial e, em vez que almejar cargos de liderança em grandes empresas, está se preparando para o futuro.

Enquanto a Inteligência Artificial e a automação avançam, habilidades técnicas vão dando lugar às habilidades cognitivas e emocionais. Nesse período de profundas mudanças, os jovens estão se dedicando a aprender.

Os dados da pesquisa da Deloitte mostram que 70% dos GenZ dizem estudar para evoluir suas habilidades pelo menos uma vez na semana; a taxa entre os Millennials cai para 59%.

Além da possibilidade de aprender e se desenvolver estar entre os três principais fatores para esses jovens decidirem onde irão trabalhar, eles apostam suas fichas em soft skills – como comunicação, liderança, empatia e networking –, gerenciamento de tempo e conhecimentos específicos da área de atuação.  

Enquanto isso, outras gerações estão mais preocupadas em entregar as tarefas no prazo determinado e com foco total no lucro das empresas. A grande questão é que, com as rápidas mudanças do mercado, isso não é mais suficiente. Será preciso muito mais para se manter relevante.

Flexibilidade e adaptabilidade

Abertura ao novo e, principalmente, curiosidade, são outras características que colocam a Geração Z em vantagem. 57% já utilizam Inteligência Artificial generativa para realizar alguma tarefa do dia a dia no trabalho.

Eles entenderam como a tecnologia funciona e como ela pode ajudar nas tarefas. Entre os principais usos estão análise de dados, apoio à criatividade, produção de conteúdo e até gerenciamento de projetos.

Dessa forma, enquanto alguns perdem tempo se preocupando com a possibilidade de a tecnologia acabar com os empregos, a Geração Z a utiliza a seu favor. 78% acreditam que a IA melhorou a qualidade do trabalho e 77% a veem como uma aliada para ter um melhor balanceamento entre a vida pessoal e o trabalho.

A época de frases como “sempre fizemos assim e sempre deu certo” passou. Nos próximos anos, irá se destacar quem tiver flexibilidade e resiliência para se adaptar às mudanças – e a Geração Z já se mostra pronta para isso.

Desconstrua a imagem criada sobre esses jovens, observe-os com mais atenção e aprenda com o que eles têm para ensinar.

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