Controlar o custo de vida é essencial para garantir estabilidade financeira, poupar dinheiro e criar condições favoráveis para investimentos. Para isso, é necessário entender o que ele significa, como calculá-lo, além de saber avaliar se ele está saudável e, principalmente, como mantê-lo sob controle.
Na prática, o custo de vida nada mais é do que a medida que reflete o valor necessário para cobrir as despesas básicas de uma pessoa ou família em determinado período, geralmente um mês. Esse conceito engloba os gastos com moradia, alimentação, transporte, saúde, educação, vestuário, lazer e outros serviços essenciais ao dia a dia.
Para além do estilo de vida, o custo de vida também pode variar significativamente dependendo da região ou cidade, influenciado por fatores como o preço dos imóveis, a oferta de serviços públicos, e a inflação. Por isso, entendê-lo é fundamental para planejar finanças pessoais, ajustar orçamentos e tomar decisões sobre onde viver ou trabalhar.
Pode parecer algo simples, mas esse controle é pouco praticado pelos brasileiros. Em outubro deste ano o País registrou 63,4 milhões de inadimplentes (dados da Serasa), ou seja, pessoas que possuem dívidas em atraso que, muitas vezes, são fruto de gastos impulsivos e pouco planejados. Os dados não mentem: a maioria das dívidas é de cartão de crédito (28,7%).
Exatamente por isso, a Adição Contábil desenvolveu este artigo especial sobre custo de vida e o que é preciso saber para construir uma vida financeira mais saudável e sustentável.
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Como calcular o custo de vida?
Calcular o custo de vida exige um levantamento detalhado das despesas mensais e anuais. O primeiro passo é listar todas as fontes de receita, como salário, rendimentos de investimentos e outros ganhos. Em seguida, deve-se listar todas as despesas, separando-as em categorias como moradia, alimentação, transporte, entre outras.
Para obter uma visão clara, é importante somar os valores gastos em cada categoria durante um período específico, geralmente um mês, e multiplicá-los por 12 para estimar o custo anual. Isso permite identificar quais áreas consomem a maior parte do orçamento e onde podem ser feitos ajustes.
Isso pode ser feito em planilhas (já existem modelos previamente construídos no próprio programa do Excel) próprias ou em aplicativos financeiros – alguns gratuitos, como o Minhas Economias e o Monefy.
Após calcular o custo de vida, o próximo passo é avaliar se ele está saudável. Um indicador comum é a relação entre renda e despesas. Idealmente, as despesas não devem ultrapassar 70% da renda, deixando 30% para poupança e investimentos.
Se os gastos estão muito próximos ou ultrapassam a renda, é sinal de que o custo de vida precisa ser ajustado. Deve ser considerada também a capacidade de lidar com imprevistos. Manter um fundo de emergência equivalente a, pelo menos, seis meses de despesas é fundamental para garantir segurança financeira e evitar fazer parte das estatísticas da inadimplência.
Estratégias para manter o custo de vida sob controle
Manter o custo de vida sob controle requer disciplina e planejamento. E, nesse objetivo, algumas estratégias podem ajudar. Uma delas é estabelecer um orçamento mensal que inclua todas as categorias de despesas. É importante fazer o monitoramento regular para garantir que os gastos estejam dentro dos limites definidos.
Periodicamente, vale também revisar as despesas para identificar onde é possível economizar. Pequenas mudanças, como cortar assinaturas de serviços não utilizados ou reduzir o consumo de energia, podem fazer uma grande diferença ao longo do tempo.
Nesse foco de manter o custo de vida sob controle é importante ainda destinar uma parte da renda para os investimentos. Isso não só ajuda a aumentar o capital ao longo do tempo, mas também protege contra imprevistos e garante uma aposentadoria mais tranquila.
As dívidas desnecessárias devem ser evitadas quando se está em busca de um maior controle do custo de vida. Reavaliar dívidas, especialmente aquelas com altos juros, como cartões de crédito, e criar um plano para quitá-las é essencial. Em muitos casos é válido, por exemplo, realizar um empréstimo com juros menores para pagar as dívidas já existentes e ter um controle maior sobre as novas parcelas a serem pagas.
O importante é priorizar o pagamento das dívidas existentes para evitar a corrosão do orçamento a médio e longo prazo. Além disso, investir em educação financeira, por meio de cursos, leituras ou consultorias, pode ajudar a tomar decisões mais informadas e eficientes em relação ao dinheiro.
Cuidar do custo de vida e mantê-lo sob controle é uma prática contínua que exige atenção e disciplina. Ao entender seu custo de vida, calcular e analisar se ele está saudável, e aplicar estratégias para mantê-lo sob controle, você estará no caminho certo para uma vida financeira mais equilibrada e segura.
Isso não só permite viver com tranquilidade, mas também abre portas para poupar, investir e, consequentemente, aumentar seu capital e as suas possibilidades ao longo do tempo.
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