O equilíbrio entre o pensamento positivo e o autoengano

Empreender no Brasil não é uma tarefa simples. Alguns desafios, como a burocracia e os custos altos, precisam ser enfrentados desde a abertura da empresa e tendem a impactar todos os tipos de negócio; outros variam de acordo com o segmento e surgem junto ao crescimento do negócio.

Diante desse cenário, desanimar não pode ser uma opção e o pensamento positivo passa a ser um aliado, ajudando a manter o foco nos objetivos e a enxergar oportunidades e soluções. Por outro lado, é preciso ter cuidado para que o otimismo não fique sobreposto à realidade.

Um negócio não sobrevive se não houver quem acredite genuinamente nele. Ainda assim, é preciso ter o pé no chão: riscos e limitações existirão e, para enfrentá-los, fatores como resiliência e persistência são fundamentais.

Ao longo do caminho, portanto, é preciso atentar-se à realidade e resistir às tentações dos extremos: em altas doses, o otimismo pode impedir que se perceba a presença de ameaças; o pessimismo, por sua vez, pode ser paralisante.

O equilíbrio entre pensamento positivo e senso crítico

Como manter uma perspectiva nítida, sem ser manipulado pelo otimismo ou por pensamentos negativos, que desestimulam? Neste artigo da Adição Contábil, você descobrirá:

  • Qual é o papel do pensamento positivo nos negócios
  • Como identificar quando o otimismo vira autoengano
  • 5 estratégias para encontrar o equilíbrio entre a motivação e a realidade

O papel do pensamento positivo nos negócios

Manter uma mentalidade positiva é essencial para quem empreende, especialmente em um país desafiador como o Brasil. O otimismo ajuda a:

  • Manter em perspectiva o objetivo do negócio e tê-la como base em tomadas de decisão;
  • Melhorar o relacionamento com clientes e equipes, transmitindo segurança;
  • Incentivar a persistência em períodos de baixa;
  • Estimular a busca por soluções criativas em vez de focar apenas nos problemas.

Quando o otimismo vira autoengano

O problema começa quando o pensamento positivo impede o empreendedor de ver a realidade como ela é. Exemplos disso incluem:

  • Ignorar circunstâncias externas, com a crença de que não será impactado por elas;
  • Acreditar que clientes virão apenas pelo boca a boca, sem investir em marketing;
  • Manter um modelo de negócio claramente insustentável, por acreditar que “uma hora vai dar certo”;
  • Desconsiderar mudanças no mercado ou nos hábitos de consumo por medo de rever estratégias.

5 estratégias para equilibrar otimismo e realidade

  1. Baseie-se em números: acompanhe indicadores financeiros, de vendas e de performance para ter clareza da situação.
  2. Planeje cenários: crie projeções realistas, considerando tanto os riscos quanto as oportunidades.
  3. Escute pessoas de confiança: mentores e parceiros podem trazer perspectivas que você não está enxergando.
  4. Adapte-se ao mercado: uma mente positiva é também flexível e aberta a mudanças.
  5. Tenha um plano B: estar preparado para imprevistos garante tranquilidade mesmo nos momentos mais desafiadores.